O debate ao vivo da campanha “O bom do BB é…” nesta sexta-feira (16) será sobre equidade de gênero no banco, que contará com a participação de Izabela Lemos, que foi diretora de Relações com os Funcionários e Responsabilidade Socioambiental do Banco do Brasil, entre 2004 a 2009, e diretora de Menor Renda em 2009. Ela foi a segunda mulher a ocupar um cargo de direção no Banco do Brasil. Após o debate, para encerrar a primeira semana da campanha em defesa do Banco do Brasil, haverá uma show-live com a cantora Zélia Duncan.
“O Banco do Brasil completou 212 anos na segunda-feira. E somente a partir de 2003 foi se criou uma política interna de incentivo para que as mulheres ocupassem cargos de direção no banco”, observou a secretária de Juventude e representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), Fernanda Lopes.
“Nossa ideia é falarmos sobre os avanços obtidos desde então e dos retrocessos que vem ocorrendo nos últimos tempos, além de refletirmos sobre os benefícios para o banco, e consequentemente para a sociedade, da ascensão profissional das mulheres”, explicou a dirigente da Contraf-CUT.
O desmonte
Para a representante da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CUT/CN), Marianna Coelho, o desmonte que atinge o Banco do Brasil também passa por práticas de ataques aos programas internos de seleção e ascensão profissional existentes. “Temos um claro retrocesso na atual gestão, acompanhando o projeto político do governo, de ataques às políticas para mulheres”, afirmou, ao lembrar que o banco acabou com a política de incentivo à ascensão de mulheres.
“Este debate é importante para entendermos como foi o início do projeto, como ele está hoje, quais são as perspectivas e para onde avaliamos que deveria seguir”, completou a representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb/SP-MS), Elisa Figueiredo.
O bom da equidade
Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) apontam que as mulheres representavam 48,8% da categoria bancária em 2018. No Banco do Brasil, elas eram 41,5% em 2018 e 42% em 2019. Mas, nos quadros de governança do banco, elas representavam apenas 8,6% e 10%, respectivamente, segundo dados do relatório anual de sustentabilidade do banco, publicado em maio de 2020.
“Infelizmente as políticas de incentivo à ascensão profissional das mulheres estão sendo desmanteladas, assim como o banco como um todo. Já mostramos do que somos capazes. Já mostramos que temos muito a contribuir para a melhoria da sociedade, com honestidade e ética. O banco e o Brasil teria muito a ganhar se nossas oportunidades de ascensão não nos fossem ceifadas. E é sobre isso que vamos debater nesta noite com a Izabela”, concluiu Fernanda Lopes.
Show da Zélia Duncan
A semana de defesa do Banco do Brasil será encerrada com um show-live da cantora Zélia Duncan, que será transmitido pela página da Contraf-CUT no Facebook e pelo canal do Sindicato dos Bancários de Brasília no YouTube.