Os bancários e bancárias da Caixa realizaram, nesta sexta-feira (15), em todo o país um Dia Nacional de Luta contra o desmonte do banco. O protesto foi definido pois, desde que assumiu, o novo governo e a nova direção do banco vêm promovendo diversos ataques contra os funcionários e contra o caráter público da Caixa. O presidente Pedro Guimarães já anunciou que pretende fatiar a empresa e privatizá-la em pedaços. Áreas como seguros, cartões, assets e loterias, que estão entre as mais lucrativas do banco estão na mira da nova direção do banco.
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“Hoje é Dia Nacional em defesa da Caixa 100% Pública, contra as especulações do mercado, contra a privatização, contra o enfraquecimento de nossa empresa, contra a reestruturação e também em defesa dos empregados e de seus direitos. Temos que reforçar a unidade dos trabalhadores e para isso, cada empregado e empregada tem que se unir à luta. A Caixa é um patrimônio de nossa sociedade. Vestimos preto hoje mas a luta é diária. A Caixa somos nós empregados. Vamos resistir!”, convocou Fabiana Uehara Proscholdt, secretária da Cultura da Contraf-CUT e representante da Confederação nas negociações com o banco.
Na última semana a imprensa noticiou que, a pedido de Pedro Guimarães, o banco deve fazer uma provisão de aproximadamente R$ 7 bilhões para cobrir perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário e a desvalorização de imóveis retomados pelo banco.
Porém, como informa Dionísio Reis, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) da Caixa, a inadimplência na Caixa é mais baixa que a dos demais bancos. Um provisionamento tão grande assim não é necessário. “Tal provisionamento reduz sobremaneira o valor que o banco teria que pagar a título de participação nos Lucros ou Resultados (PLR) aos empregados, que deram duro e conseguiram superar as metas estipuladas pelo banco. A nova direção da Caixa, no entanto, não quer reconhecer o esforço dos seus empregados. Por isso, convocamos o Dia Nacional de Luta para mostrar nossa indignação com tamanho desrespeito aos trabalhadores e mostrar nossa contrariedade às medidas privatistas que estão sendo implantadas”.
Por isso, o movimento sindical solicitou uma reunião com o banco para esclarecer as mudanças que estão sendo feitas. Mas, o banco se recusou a passar tais informações e esclarecimentos às entidades de representação dos empregados.