Trabalhadores de várias categorias realizaram protestos, nesta quinta-feira (5), em âmbito nacional, em mais um dia de luta em defesa das empresas públicas e da Soberania Nacional. O objetivo foi intensificar a luta contra as ações entreguistas do governo golpista e seus aliados, que querem privatizar o patrimônio público e as riquezas nacionais. Em Maceió, um ato foi realizado em frente ao prédio central do Banco do Brasil, uma das empresas ameaçadas de privatização.
A jornada de luta desta quinta-feira envolveu bancários, petroleiros e eletricitários, dentre outros segmentos, além da CUT e outras centrais sindicais. Em alguns estados ocorreu paralisação de atividades.
Na capital alagoana a Rua do Livramento, onde fica a sede do BB, foi tomada por faixas, bandeiras e depoimentos das lideranças sindicais, que denunciaram as verdadeiras intenções do governo e seus aliados em privatizar a Caixa Econômica, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste, a Petrobras, a Eletrobras e os Correios, entre outras empresas estatais.
“A exploração da nossa riqueza e o lucro dos grandes conglomerados econômicos são o objetivo deles”, disse o presidente do Sindicato, Márcio dos Anjos, lembrando que os financiadores do golpe contra o governo Dilma estão cobrando a fatura. “Eles não estão preocupados com a eficiência das empresas e nem com o papel social e estratégico que elas desempenham. Eles estão preocupados em se apoderar e saquear”, acrescentou.
O ato em frente ao prédio do BB chamou a atenção de quem passava pelo calçadão do comércio, fazendo várias pessoas parar e escutar os discursos. Muitas aplaudiram, concordando com o protesto e se opondo à política de privatização das empresas públicas e de entrega dos recursos naturais do país, como o petróleo e a energia elétrica.
“A intenção do ato era esta: despertar a população e a sociedade para a importância das empresas estatais e a proteção do nosso patrimônio. Esta não é uma luta só dos bancários, eletricitários, petroleiros, químicos e trabalhadores dos Correios. E também não é uma luta só para proteger nossos empregos. Esta é uma luta de todos os brasileiros, e em defesa de todos os trabalhadores”, enfatizou Márcio dos Anjos.
Além de lideranças sindicais bancárias, da ativa e aposentados, dirigentes de outras categorias também se pronunciaram. Uma encenação teatral no calçadão do Comércio ajudou a transmitir para o público, de forma simples, todas as implicações políticas, econômicas e sociais que podem advir da privatização das empresas públicas e do leilão que o governo quer fazer dos recursos naturais e estratégicos do Brasil.
Definido pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, com o apoio do Comando Nacional dos Bancários e diversas entidades da categoria, o dia de luta também integrou o calendário da Campanha Nacional dos Bancários, cujos eixos vão além das reivindicações salariais. Além de encampar a defesa das empresas públicas, a Campanha orienta os bancários a elegerem em outubro candidatos comprometidos com o país e os trabalhadores, condição imprescindível para reverter o retrocesso político, econômico e social em que está mergulhado o Brasil.