Bancários do Banco da Amazônia (Basa) realizaram no sábado (18) seu 16º Congresso Nacional e definiram a pauta de reivindicações a ser entregue ao banco para o início das negociações da Campanha Nacional dos Bancários após a 26ª Conferência Nacional dos Bancários, que será realizada de 7 a 9 de junho, em São Paulo. A atividade foi realizada de forma virtual e contou com a participação de representantes do Amapá, Mato Grosso, Pará e Rondônia.
A solução para os problemas que afetam a saúde dos funcionários do Basa foi pauta comum entre os participantes. “Reivindicação corroborada por uma pesquisa realizada pela secretaria de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, em colaboração com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília, que revelou que cerca de 80% dos trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro declaram ter tido pelo menos um problema de saúde relacionado ao trabalho no último ano”, ressaltou a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira. “O reajuste salarial é muito importante, mas não menos importante, a saúde dos nossos colegas”, completou.
Do percentual (80%) citado pela presidenta do Seeb/PA, quase metade está em acompanhamento psiquiátrico. Dentre eles, 91,5% utilizam medicações prescritas pelo psiquiatra.
A diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e secretaria de Mobilização e Relação com os Movimentos Sociais da CUT Brasil, Rosalina Amorim, observou que conquistas históricas da categoria bancária, como a proibição do trabalho aos sábados, estão em risco. “Temos que estar mobilizados contra o retrocesso. Ainda mais agora, que, infelizmente, temos um Congresso Nacional formado, em sua maioria, por deputados e senadores que são contra a classe trabalhadora”, disse. “O tema da liberação da abertura das agências bancárias aos sábados já surgiu no Congresso de diversas formas, por projetos de lei ou por medidas provisórias. Conseguimos retirar de pauta e barrar a votação, graças à nossa mobilização, que deve ser constante”, completou.
Rosalina ainda destacou a importância do Banco da Amazônia para o desenvolvimento regional. “O Basa é um banco regional e de fomento, que precisa desenvolver políticas em prol do crescimento da nossa região, respeitando a floresta Amazônica e a população que dela vive”, defendeu.
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Fonte: Contraf-CUT, com informações do Seeb/PA.