Em protesto ao desrespeito com os trabalhadores e contra as medidas privatistas, o Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região se uniu aos empregados de todo o país no Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa.
A mobilização é uma resposta aos recentes posicionamentos da nova diretoria, que já deu início ao projeto de desmantelamento da instituição com a venda de ativos e promete privatizar as áreas mais rentáveis do banco ainda este ano.
Vestidos de preto e portando uma faixa com os dizeres “Não tem sentido Privatizar a Caixa”, os dirigentes visitaram agências lotadas na base territorial do Sindicato para dialogar com os bancários sobre a importância do banco e alertar sobre seu desmonte, que terá consequências diretas para os empregados, mas também trará reflexos para toda sociedade, na oferta da moradia e infraestrutura, no bem-estar dos trabalhadores e de toda população.
Durante a atividade, também foram distribuídas cartilhas contando a história de luta e conquistas dos direitos dos empregados.
Segundo declarações de Pedro Guimarães, áreas entre as mais lucrativas como seguros, cartões, assets e loterias, já estão na mira da nova direção do banco. Na última semana, a imprensa também noticiou que, a pedido de seu presidente, a Caixa deve fazer uma provisão de aproximadamente R$ 7 bilhões para cobrir perdas esperadas com calotes na carteira de financiamento imobiliário e a desvalorização de imóveis retomados pelo banco.
Os empregados solicitaram reunião com a diretoria para que se esclarecesse as mudanças que estão sendo feitas, mas o banco se recusou a passar tais informações e esclarecimentos às entidades representativas, desrespeitando os trabalhadores e deixando de reconhecer todo o seu esforço dedicado à instituição.
“A Caixa é uma parceira estratégica na gestão de políticas e programas que fomentam o desenvolvimento do país. Por isso, agora é hora de intensificarmos ainda mais nossa mobilização, com iniciativas que despertem toda a sociedade para a importância dessa defesa. O ataque do governo não é apenas contra a Caixa pública. Trata-se de um projeto que visa desmontar o banco, acabar com os direitos dos trabalhadores e prejudicar milhões de pessoas ao fazer com que a instituição deixe de ser o banco dos brasileiros, sobretudo dos mais carentes. Não vamos permitir mais um retrocesso”, defende o diretor do Sindicato, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
O também diretor da entidade, Luiz Eduardo Campolungo, reforça a importância da mobilização e do diálogo neste momento para manter direitos e conquistas. “As medidas anunciadas pela diretoria são contrárias à importância do banco para o Brasil. O Sindicato, ao lado dos empregados, luta por uma empresa que respeite seus trabalhadores e que contribua para o desenvolvimento econômico e social de todos, finaliza.”